O Rock Na Década de 2000
Com o pop em alta, o rock parecia ter perdido a força. No entanto, uma nova vertente do estilo, mais consciente sobre a relação do rock e a diversidade da música surgiu, demonstrando toda a vitalidade do ideal do "rock". Grupos com influências diversas, alguns deles eram excessivamente influenciados por outros estilos de música, havendo também aqueles que preferiam manter a crueza dos fundamentos. Tendo em comum, porém a aceitação da heterogeneidade e a exaltação da história trilhada pelo rock até então, motivo pelo qual muitas das bandas surgidas nessa época serem acusadas de apenas "requentar" fórmulas já expostas por outras bandas. Algumas bandas viraram "queridinhos" da mídia e foram chamados de "the next big thing": The Strokes The Vines, The Hives, Yeah Yeah Yeahs, Interpol, Libertines e White Stripes, tendo, no entanto, apenas uma importância módica na cultura pop. No outro lado da questão, algumas bandas surgiram e se estabeleceram distante de círculos hypados dos jornais de Londres e das pistas de dança modernas. Algumas delas são: Queens of the Stone Age e The Mars Volta.
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Galeria da Fama do Rock and Roll em Cleveland, em Ohio, nos Estados Unidos. |
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O Rock Na Década de 1990
O rock já tinha sido salvo por Elvis, renascido com os Beatles e ressuscitado com o punk, quando os anos 90 chegaram. No entanto, o fragmentado rock que vem dos anos 80 estava colocado em segundo plano no universo da canção pop e enveredava por caminhos da música eletrônica e do hip hop. Era um rock moribundo. Faltava algo mais visceral. Foi então que a ética punk do “faça você mesmo” voltou a inspirar adolescentes logo no começo daquela década. Uma volta ao estado bruto do rock fez surgir o mais importante movimento roqueiro dos anos 90. Letras pessimistas, guitarras preponderantes e canções iradas caracterizaram um tipo de canção feito por bandas de garagem da cidade de Seattle (EUA).
O movimento foi chamado de grunge (sujo, em inglês) pela mídia e serviu como uma estratégia de marketing para divulgar as bandas do cenário alternativo que se ligavam à gravadora Sub Pop. Entre elas, estavam o Mudhoney, o Soundgarden e o Nirvana. O grunge de Seattle reinou na primeira metade dos anos 90, principalmente graças ao Nirvana, liderado por Kurt Cobain. Quando lançou em 1991 a niilística “Smells Like Teen Spirit”, uma fusão de punk e heavy metal, o alternativo Nirvana conquistou o mundo por meio da MTV. O rock independente estava em alta e ainda naquele ano aconteceu a primeira edição do Lollapalooza, festival itinerante que se tornaria o mais bem sucedido evento de rock da década. O sucesso do festival indicou que o caminho estava aberto também para outros grupos da cena alternativa fora do grunge conquistarem o mainstream, como foi o caso dos Smashing Pumpkins e do Red Hot Chili Peppers.
Como todo o movimento no rock que adquire uma força cultural que vai além da música, o grunge estabeleceu um vestuário e uma atitude. Camisas de flanela e bermudões faziam parte do visual de adolescentes rebeldes e desiludidos com o mundo ao redor. O Nirvana dava o tom do rock com discos cada vez mais melancólicos, ácidos, crus e profundamente depressivos. Em abril de 1994, alguns meses após declarar que o Nirvana era uma das maiores bandas de rock’n’roll da história, Kurt Cobain cometeu suicídio. O líder de uma das mais importantes bandas de rock de todos os tempos tinha dificuldades em aceitar a fama e a riqueza que o seu Nirvana, um grupo anti-estabilishment, havia atingido.
O grunge começou a morrer junto com o suicídio de Kurt Cobain. Enquanto isso, uma nova invasão britânica estava acontecendo e em várias frentes. Por um lado, o rock alternativo e melancólico do Radiohead, por outro o britpop baseado em guitarras do Oasis e por fim o renascer dos Rolling Stones com seus megashows em turnês mundiais.
Com exceção das aparições dos consagrados Rolling Stones, U2, Bob Dylan, Bruce Springsteen, Metallica e alguns poucos nomes, o rock caminhava para terminar os anos 90 quase que no ostracismo. Derivada da música tecno dos anos 80, a dance music, com todas as suas variações, como house, jungle, trip-hop, drum’n’bass, dominava o cenário da música jovem. Os pop stars da vez não eram mais os artistas das bandas de rock e sim os DJs dos clubes noturnos que divulgavam a dance music nos principais centros urbanos.
Salvo o grunge, os anos 90 foram terríveis para o rock. Como sempre não faltaram jornalistas, críticos e músicos que anunciaram a morte do gênero. A virada da década, do século e do milênio parecia que realmente marcaria o fim das possibilidades do rock se renovar. Mas isso não aconteceu. Inspirada nos sons precursores do punk-rock misturado a uma certa nostalgia do rock dos anos 80, uma safra de novas bandas mostraria que o gênero poderia mais uma vez estar mais vivo do que nunca.
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Segunda metade da década de 1970 e anos 1980
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